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Domingo, 22 de Março de 2009

Ser poeta

"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior... é ser mendigo e dar como quem seja rei do reino de aquém e de além dor... é ter cá dentro um astro que flameja, é ter garras e asas de condor... é ter fome, é ter sede de infinito... é seres alma e vida em mim e dizê-lo cantando a toda a gente" (Ser poeta, Florbela Espanca).

 

Ser poeta é ter o dom inato de olhar tudo o que mexe dentro e fora de si, que vive refém da necessidade de o pôr em palavras. É grande porque vê para além do horizonte, sem medo daquilo que está para além dessa linha. Pode ser pobre, ser mendigo, mas é dono de territórios, viajante de pés no chão, dono de tudo o que toca, de tudo o que vê. É saber que tem em si garras, dentes, sangue e lágrimas, mas também sorrisos, esperança e asas para voar. É ter fome de conhecer, de tocar as coisas, de as sentir verdadeiramente, sem medo de passar a ponte. Ser poeta é gostar de chocolate porque as palavras tornam-se doces e lindas, tornam-se canção que mesmo dura não fere, melodia que fica. E acredito que em cada um de nós mora um poeta porque tudo o que temos cá dentro e tudo o que está lá fora, é poesia. Os afectos são poesia, as pessoas são poesia, a natureza é poesia pura, já escrita. E a poesia não se esgota, há sempre um novo olhar que dá vida às coisas...


publicado por teladosentir às 20:04

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Quarta-feira, 18 de Março de 2009

Hino do simples

Vale a pena venerar um abraço,

Idolatrar o sorriso, abrir a porta à esperança,

Vale a pena parar para escutar, para te ouvir,

Parar para me ouvir,

Vale a pena parar, e sentir o cantar dos céus,

Sentir o calor da vontade, do desejo,

Vale a pena contemplar a beleza de tudo o que mexe,

Da flor que cresce rosada e confiante,

Da erva daninha que persiste apesar de não ser convidada,

Do caracol que sem pressa, alcança sempre o destino,

Do lince que suavemente caminha,

Vale a pena parar e olhar o rio,

Rio que galga o seu trilho como se o tocasse pela primeira vez,

Vale a pena parar e sentar afectos connosco,

Vale a pena procurar o tributo do simples,

Vale a pena aquele momento,

Aquele momento de partilha,

De encontro com a luzinha que mora em nós,

Luz que encanta o seu dono e que ilumina quem passa... 

 


publicado por teladosentir às 19:49

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