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Domingo, 24 de Maio de 2009

Uma casa portuguesa

Há quem diga que pão e vinho sobre a mesa acalenta qualquer um, eu acrescento ao duo, a gente que na nossa vida mora, que lhe dá ainda mais sabor e com zero consequências ao nível da saúde. A família de sangue ou aquela que escolhemos para fazer parte dela, falamos dos amigos, são verdadeiras contas aforro. Dão sentido à caminhada terrena, estão lá para o que der e para o que vier. Mais importante ainda, conhecem-nos verdadeiramente, não precisamos de nos tapar, sentimo-nos aceites. Esta gente é aquela, que indo ao centro comercial, nos compra sem esperar por saldos, a pronto pagamento e não pedem talão de garantia, porque não nos querem devolver. E esta segurança é importante, é mesmo o pilar na vida de qualquer um de nós. Há uma canção que diz "vou tratá-la bem antes que saiba os meus segredos e me possa deixar". Com os amigos e gente de sangue, daqueles de peito, não corremos esse risco, sabem os nossos segredos, sabem as nossas imperfeições, mas sabemos que temos sempre um lugarzito cativo na bancada deles. Um viva aos amigos, gente de sangue com pão e vinho sobre a mesa, e isto sim, é verdadeiramente uma casa portuguesa. 


publicado por teladosentir às 14:36

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Domingo, 10 de Maio de 2009

"Play sempre"

As residências geriátricas são museus vivos pelas diferentes espécies que lá se encontram. Não precisamos de adquirir qualquer ingresso para entrar neste mundo maravilhoso, cheio de telas cinematográficas e de capítulos de vida cheios de emoção, vitórias, derrotas, lágrimas e de sorrisos. Espaços interactivos, onde filmes estão em constante exibição, onde as personagens clamam por público que os queiram sentir, ver e escutar. Existem nestes museus animadores que deveriam mudar de nome e designarem-se por ouvidores. Ouvidores porque estas gentes com grande curriculum de vida e de dias vividos, querem sobretudo ser ouvidos, olhados e tocados. Anseiam que alguém páre, que alguém estacione um pouco que seja, junto a si, para que as telas das suas vidas entrem em play outra vez. Quando envelhecer e se morar num sítio que é todos, quero ser olhada, não quero que me entretenham porque sim, quero ser escutada quando me apetecer falar de mim, de quem fui, das pessoas que por mim passaram ou pura e simplesmente do tempo e da qualidade das refeições. Quero continuar a contar como pessoa única, em que cada minuto conta e vale, até à meta final.


publicado por teladosentir às 15:58

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Domingo, 3 de Maio de 2009

Sri Lanka, tão longe de mim

"Voltámos para Colombo algumas horas depois. Exausto e a pingar suor, precisava de tomar um duche quente e descansar. Mas não conseguia deixar de pensar nas pessoas presas na zona de conflito, suportando os horrores da guerra em condições calamitosas". Excerto de notícia, no jornal público de 02 de Maio - Sri Lanka.

 

Deixo aqui estas palavras escritas por um jornalista que não se conseguiu despir totalmente no seu banho, porque a sua mente estava habitada pelo sofrimento das gentes que viu, gentes que não podem virar costas e tomar simplesmente um banho descansado. Achei graça a estas palavras porque representam a globalidade de viveres, a discrepância de sentires de uns e de outros. Uns vivem compassadamente os seus dias, pensam no que amanhã vão vestir, no que farão amanhã para o jantar, que esta semana tentarão ir mais vezes à ginástica, pessoas que pensam que destino dar ao subsídio de férias e ao IRS, caso seja caso disso. E outros vivem desesperadamente para que a sua existência marque horas e segundos no dia a seguir, aqui não há tempo para pormenores, é tempo de lutar para sobreviver. Por isso, muitas vezes penso que fui bafejada pela sorte, nasci num país democrático, sem guerras, com oportunidades, com espaço para que a minha vida possa desabrochar em pleno.    


publicado por teladosentir às 20:58

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