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Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2009

As viagens

As coisas não acontecem por acaso. As experiências que vamos tendo ao longo da caminhada terrena e falamos das dolorosas, capacito-me que não são fruto de  combinações aleatórias. Por detrás do negrume de determinados acontecimentos florescem ao mesmo tempo malmequeres diante de tamanha irupção de cogumelos venenosos. Amigos, referências e pedras basilares, que não teriam entrado na nossa vida, se tais experiências não sucedessem. Há barcos difíceis de rumar, piratas pouco generosos com espadas e ímpetos feios, mas que rumam para ilhas inesquecíveis pelas espécies que as povoam. Aí encontramos Rainhas Manuela, Maria de Jesus, Natália, Elias e Marisa. Personagens que agora fazem parte de mim, que embarcam comigo e me trazem sempre a bom porto. Quero continuar a viajar convosco.


publicado por teladosentir às 21:31

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Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2009

Palavras para quê

Há quem cante para seus males espantar, eu escrevo para me libertar e para os meus males sacudir. As palavras têm para mim alma e o poder terapêutico de me tornarem mais leve. Talvez por isso, escreva para mim mesma, escreva porque me sabe bem dar vida às coisas que sinto, às coisas que vejo, às coisas que anseio. E talvez por isso escreva para mim mesma, e coisas menos agradáveis, que certamente inquietam ou deixam surpreso a quem põe os olhos naquilo que é "meu". Talvez não aparente quem sou realmente, talvez seja um produto que olhando por fora não parece o que é por dentro, daí o conceito de "publicidade enganosa". As pessoas têm de mim a imagem de pessoa doce, que tem comissão com o sorriso e a simpatia, por esbanjá-los "a torto e a direito". E depois quando olham o que cá vai dentro, parece-me que ficam um pouco desiludidas e decepcionadas. Parecem ter dificuldade em suportar as minhas dúvidas, as minhas inseguranças, os meus sentires e a minha procura. Por isso, sou egoísta ao escrever, porque dedico as palavras a mim mesma, porque escrevo porque me faz falta, preciso de o fazer como preciso de me alimentar ou beber. Escrevo porque gosto, deixa-me mais leve, mais confortada e mais serena. É a minha terapia, não penso nos olhos que me vão ler, não penso no que vão pensar, nem penso muito no que escrevo, sai... Penso só em mim e no bem que me proporciona. Mas como as palavras a todos pertencem, partilho o que é meu, porque sei que também vou receber o que é de alguém e um comentário que me irá preencher, acompanhar e fazer reflectir!  


publicado por teladosentir às 20:17

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Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009

Próximo passo

Ai aquele conforto

Aquele sentir... de quando o dia cessa com sucesso

Ai aquele conforto de encontrar o que procurávamos

Aquele sentir de que dissémos o que devia ser dito

Ai aquele alívio... de achar de demos o máximo

E que superámos a prova

Ai o conforto daquela palavra, daquele gesto, daquele toque

Sabe bem sentir que falhar é humano

Que quem não sente não é filho de boa gente

E que ao esperarmos podemos alcançar

Ai aquele conforto de um dia bem passado

Aquela gargalhada que não nos cansa, antes descansa

Ai aquele conforto... de amarmos o presente que temos

Aquele conforto de piscar o olho ao amanhã

Ai aquele sentir esquecido de que somos mortais

Ai o prazer de um sorriso, de um olá, de um obrigado

Aquela companhia que nos faz desejar a vida

Esquecer a noite e desistir das horas

Ai o conforto... de sermos aquecidos pelo sol

Aquele conforto que sentimos quando chove lá fora

E nós aninhados no colo dos lençóis

Pequenos grandes prazeres

Que queremos repetir, sentir de novo e que alentam a caminhada

E o próximo passo!

 


publicado por teladosentir às 22:16

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Domingo, 15 de Fevereiro de 2009

Dia do Amor

Uma pessoa que muito estimo disse que o dia dos namorados deveria ser banido do calendário. Neste dia, casais unidos pela flecha do cupido teimam em não esconder que são um só e que aproveitam o dia de São Valentim para dar um pontapé à crise e convidar a cara metade para um belo jantar calmo e romântico num restaurante, que de só e de calmo não tem nada, porque mais casais tiveram a mesma ideia. Esta pessoa que muito estimo fica enervado por este dia, que de Nacional tem pouco, mover tanta gente, mover tantas rosas, mover tantos presentes, mexendo assim a economia e o rol de beijos, abraços e de "gosto muito de ti". Realmente, costuma-se dizer que dias de cupido deveriam ser todos os dias, mas talvez assim, com um "dia 14 de Fevereiro" olhemos verdadeiramente para quem mora a nosso lado. E como andamos distraídos, o dia de São Valentim constitui-se como lembrete, como aqueles que colocamos no telemóvel para que não esqueçamos datas ou acontecimentos importantes. Nós que sofremos da doença de pensar que tudo é certo, que o amanhã virá sempre e que coisas ou pessoas têm lugar cativo. Por isso, este dia lembra-nos que não devemos adormercer na sombra, porque o amanhã se quiserem a Deus pertence mas o presente pertence-nos a nós, e por isso nada melhor que valorizar um bom colo, um bom coração e um bom corpo a corpo, porque se vale a pena, pelo menos por agora, vale a pena dizer "gosto tanto de ti", comprar uma rosa pintada com um beijo que de tímido não tem nada. E quando não há tempo para dizer nada verdadeiramente sentido neste dia do amor, é muito mau sinal, é sinal que a rosa perdeu a cor e que o beijo começou a ser tímido, e talvez para esta gente o dia do amor não devesse existir, ou porque este lhes lembra o quanto se sentem sós ou porque se sentem pesados pela infindade de dias que deram à sua cara metade... resta que tenhamos vontade para mudar e lutar para voltar a sentirmo-nos parte do mundo dos afectos e dos olhares correspondidos que de tímidos não têm nada! 


publicado por teladosentir às 20:08

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Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009

Buscando o que nunca chega...

Parece que falta sempre qualquer coisa, diz Joana. Falta aquela camisa lisa de cor azul no nosso atelier das vestimentas que nos cobrem, falta aquele perfume que inundaria Lisboa e arredores com o nosso cheiro, falta aquele "modelito" de sapatos para calcorrear as ruas que assim pareceriam menos compridas. Falta sempre alguma coisa na conta bancária e falta tempo para fazer tudo aquilo que achamos que nos iria preencher ou tornar pessoas mais ricas de bem-estar e de felicidade. No fundo, e voltemos ao início, falta sempre qualquer coisa, a caminhada da satisfação é ávida, muito gulosa e ingrata. Ou talvez o saco não tenha fundo, talvez não acariciemos o que temos, talvez nos desapaixonemos rápido de mais, talvez contemplemos de menos e pensemos no que vem a seguir de mais. A insatisfação pode não ter limites e dói e faz doer porque ficamos negligentes com aquilo que é realmente importante em busca do elixir que desenfreadamente querememos tornar nosso, achando que com aquilo sim... E depois os tesouros que temos que manter, que cuidar religiosamente, ficam para atrás esquecidos e desamparados, sem mimo, no baú do sotão. A palavra que nos sossega, o abraço que nos securiza, o ombro que se oferece sem o pedirmos, o colo fofo que não se encontra em loja alguma, o afecto que nos alimenta sem apresentar conta, a companhia que nos aquece, a presença que nos ilumina, o prazer de ter alguém com quem partilhar o que é nosso, o prazer de ter alguém que connosco caminha. Isto sim é algo que só os loucos deixam faltar às suas vidas, e nós não somos loucos pois não?

 


publicado por teladosentir às 21:28

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Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009

Amanhã logo se vê

Dias há em que custa ser,

Dias em que dói querer e não poder,

Querer chegar e não saber o caminho,

Querer mudar mas sem força para começar,

Há dias em que custa ser,

Dias de espera,

Dias em que espero por ti,

Mas não chegas,

Dias há em que custa ser,

Dias em que as incertezas fustigam a alma,

E a deixam doente de vontade,

A vontade de me mudar,

Há dias em que custa ser,

Apetece ser o que não sou,

Estar com quem não estou,

Deixar de sentir o que a estou a sentir,

Dias em que a vontade parece tímida,

E dá lugar à imperiosa preguiça de me deixar estar,

Há dias em que apetece fugir da chuva,

Ou deixar-me atingir pelo seu toque esquivo e frio,

Há dias em que não quero ser,

Quero comprar outra vida,

Mudar-me para outro recanto,

Fugir de mim, de quem me quer,

Encontrar-me...

Achei-me e Hoje,

Hoje não custa tanto ser,

Quero estar contigo,

Quero voltar a sentir o que conheço,

Quero vestir-me de vontade,

E estar onde sempre estive,

Quero estar com quem me quer,

E hoje chega... quero ser,

E amanhã logo se vê!


publicado por teladosentir às 20:33

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Domingo, 1 de Fevereiro de 2009

A paixão não tem bis

Manter uma relação é tão difícil, diz Joana num tom soado e frágil. A Joana pensava que a chama da paixão estaria constantemente acessa e que a partilha do mesmo tecto iria ser de segunda a sexta, incluindo fim-de-semana e feriados, um cenário doce, quente e melodioso. Pois, mas a sinfonia nem sempre está afinada, as vozes nem sempre se escutam, as vontades nem sempre se abraçam e os olhares nem sempre cintilam. Pois, Joana esqueceu-se da terceira pessoa com a qual partilham o dito tecto. Tem de nome Rotina, acorda e adormece na vida afectiva daqueles que escolhem dar a mão a uma caminhada em comum. Tem um lado bom, o lado da segurança e do conhecido e um lado mais entediante pela previsibilidade, pela ausência da surpresa e da magia. Mas voltemos a Joana, deixemos-lhe umas palavras de alento. Há dias em que nos sentimos diante de um príncipe e noutros diante de um sapo. Há dias em que agradecemos tê-lo conhecido e noutros cantamos "mais vale só que contigo". Dias em que o mar está agitado e noutros em que parece um rio sereno e límpido. Há dias solarengos e outros chovosos. E num mesmo dia podemos vislumbrar céu azul, céu cinzento, anoitecendo estrelado. Há dias em que sentimos que nos saiu a lotaria e noutros nem por isso. Mas o alento mora na personalidade deambulante e irrequieta da relação e das pessoas que nelam moram. Quando o sentir que une dois seres diferentes que arriscam olhar numa mesma direcção tem sede no acreditar e no querer continuar o pacto "mão na mão", a esperança no amanhã não morre de ânimo leve. A luta persiste frente ao próximo altar de paixão, porque no amor há bis, vontade de repetir e de começar de novo dia após dia. 


publicado por teladosentir às 21:31

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