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Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008

Quero estar onde não estou

O dia passa por nós veloz,

Deixa-nos ora sol ora chuva,

Toca-nos ora de quente ora de frio,

Veste-nos ora de dia ora de noite,

Fala-nos ora com suavidade ora com brusquidão,

Envolve-nos ora com desejo ora com apatia,

Acompanha-nos ora com sentir ora com despir,

Ora nos sentimos bem ora nos sentimos mal,

Ora nos sentimos grandes ora nos sentimos pequenos,

Ou queremos gente, abraços e toques,

Ou afastamos essa gente, esse abraço, esses toques,

Ora nos apetece levantar, sorrir e cantar,

Ora nãos nos apetece levantar, sorrir e cantar,

Há dias em que sentimos o mundo connosco,

E há dias em que o sentimos a lutar connosco,

Ora nos sentimos princesas,

Ora nos sentimos tudo menos princesas,

Há dias em que tudo o que temos nos satisfaz,

E há dias em que nada nos satisfaz,

Ora sorrimos para a vida que temos,

Ora lhe chamamos madrasta,

Há dias em que nos sentimos seguros e confiantes,

E há dias inseguros e incrédulos,

Há dias em que o mundo parece pequeno,

E noutros parece grande e assustador,

Ora amamos muito,

Ora não amamos assim tanto,

Há dias em que a vida só tem sentido se for partilhada,

E há dias em que nada apetece partilhar, em que desejamos um espaço só nosso, e só nós com a chave,

Ora os objectivos definem a caminhada,

Ora não apetece caminhar porque as finalidades desapareceram,

Há dias em que apetece dançar e sentir,

E há dias em só nos apetece unicamente dormir,

A vida é isto, é ter, é deixar de ter,

É querer, é deixar de querer e querer outra coisa,

É sentir e deixar de sentir,

É ter vontade e deixar de a ter,

A vida é um misto de emoções mais ou menos fugazes,

Mas que não páram nem nos deixam parar,

Porque parar é morrer e quem não sente não é filho de boa gente!

Bom Natal!


publicado por teladosentir às 20:04

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Crescer

Pensamos que crescer nos traz tranquilidade,

Que a dúvida se dissipa,

Que as tormentas vão passar,

Que aí sim, vamos saber sempre o que dizer,

Pensamos que a segurança é o nosso estado natural,

Mas a dúvida não se dissipa,

As tormentas continuam a dobrar o Cabo de Gibraltar,

Segurança e tranquilidade não ficam em nós atracados,

É duro constatar que o mundo dos grandes não é como pensávamos,

É duro descobrir que certezas não existem,

Dói descobrir que as coisas não acabam sempre bem,

Dói descobrir que crescer implica perder,

Que implica errar,

Que implica lutar depois de perder,

Dói crescer mas essa caminhada embora suada comporta conquistas que todos sabemos valer bem a pena!

 

Rita Torrão

 

 

 

sinto-me: Cansada de crescer

publicado por teladosentir às 19:45

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Segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008

"tenho pena de ter complicado demais"

Ouvi uma música do Tim, vocalista dos Xutos e Pontapés enquanto conduzia o meu Opel 1.2. A canção melodiava assim - tenho pena de ter complicado tanto, de me ter preocupado tanto e lamento não ter amado mais. Pensei o quanto estas palavras juntas formam frases dotadas de imenso sentido. Realmente sabemos que em pó nos vamos tornar, que não ficamos para contar a nossa história, mas teimosamente procuramos contrariar as leis da Natureza e pensamos que teremos sempre o amanhã. E pronto, continuamos a desvalorizar pequenas coisas como um simples chá de cidreira tomado com uma amiga que nos aconchega a alma. E mais uma vez lá estamos nós a esquecer de relativizar os acontecimentos menos bons que connosco colidem. E lá estamos nós outra vez a olhar o que perdemos ou o que não temos, não valorizando o que detemos. E lá estamos nós a esquecer que momentos não têm bis, que são únicos e não podem ser desperdiçados. E pronto lá estamos nós a esquecer de beijar mais vezes a pessoa à qual damos o nosso olhar, de fundir num só, os nossos corpos, mais vezes. Não sabemos quantos momentos ainda teremos no nosso trilho, mas agimos como se a eternidade fosse certa. Claro que pensar na nossa mortalidade dói - ainda temos uma vida pela frente. Mas senti-la com intensidade, com satisfação e desejo está nas nossas mãos, pés e asas! E lá estamos nós outra vez a papaguear frases feitas que amanhã já esquecemos de ter esccrito...

sinto-me: "Assim-assim"

publicado por teladosentir às 20:36

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Domingo, 14 de Dezembro de 2008

"Quartas-feiras sempre diferentes"

É bom estar com pessoas que já têm uma história mais comprida que a minha,

Que já têm mais kilómetros de estrada galgados,

Que já tiveram mais oportunidades para rir e para chorar,

Que já perderam e ganharam mais vezes do que eu,

É bom estar com pessoas que têm já uma história mais comprida que a minha,

Mas que continuam a querer desvendar mistérios,

Que querem continuar a descobrir lugares e gentes,

Que querem continuar a abraçar coisas novas e diferentes,

Que querem continuar a galgar kilómetros de vida,

É bom estar com pessoas que têm já uma história mais comprida que a minha,

Mas que querem continuar a dar-se...

Que acreditam que partilhar lhes faz bem,

Estão crescidos, mas sentem-se pequenos na curiosidade pelo mundo e pelo outro,

É bom estar e conhecer pessoas que já têm uma história mais comprida que a minha mas que me deixam entrar nela!

Um abraço para a gente das Quartas-feiras diferentes!

 

 


publicado por teladosentir às 21:01

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"os grandes também choram..."

- Posso chorar porque sou pequenino, disse Leonardo de três anos. Leonardo pensa que chorar é entidade exclusiva dos mais pequenos em tamanho. É seguro para ele acreditar que os seus medos, que os monstros, que os pesadelos não intimidam o mundo dos grandes, que estes padecem de secura nos canais irrigadores. Pois é Leonardo, vais perceber que à medida que aumentas uns centímetros, começas, sim, a ficar da altura de alguns montros, mas lamento informar-te, elas vão continuar a cair. Talvez fiques mais envergonhado e aguentes até encontrares um lugar seguro para deixar a aflição cair. Ou podes vestir a armadura de que um homem não chora, não deixando sair dores porque alguém pode ver e passar a informação aos teus semelhantes... Por isso aproveita e chora agora, por tudo e por nada, tens desculpa e não mancha a tua currículum. Leonardo quando ficares mais crescido vais entender que o tamanho não leva as lágrimas... espero sim, que tenhas alguém que tas ajude a secar... 


publicado por teladosentir às 20:35

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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

"sozinha porque não..."

Achei interessante uma frase que vi numa série - "... éramos novos, discutimos, fiz as malas e tu não foste atrás de mim". Por vezes reagimos às coisas a quente, quantas vezes batemos com a porta, esperando que venham pedir que voltemos. Parece que é importante sentir que o outro sente a nossa falta, que reconhece o quanto damos sentido à sua vida terrena e, como tal, implora-nos para voltar. E tudo termina com um beijo avassalador e um abraço intenso. Pronto e, tudo volta a fazer sentido. O mundo volta a ser cor-de-rosa e o princípe volta a ser vulnerável, podendo-se transformar em sapo. Mas uma vez, ele não voltou, não foi implorar... e a sua vida, sem ela continuou a ter sentido. E agora... a rotina que tantas vezes Joana apelidou de enfadonha, rotineira e cinzenta, deixa de existir. As horas correm mais devagar, a agenda tem poucos contactos, a mão está só, o corpo sedento de calor e de companhia. E agora pensa joana?... talvez olhar de novo o que a rodeia, talvez não seja tão triste caminhar sozinha, talvez seja bom conhecer novos rostos, novas experiências e sentires... Joana está confiante, ele não voltou, mas não interessa porque agora quer começar de novo e abraçar uma outra vida que pensava já estar definida. Talvez Joana tivesse medo de deixar portos de abrigo, âncoras e raízes que a mantinham à superfície. Vai ter que passear sozinha, vai ter que sentir a chuva e o frio sozinha, aguardando que a transformação, que a flor da mudança jamais a deixe ficar presa a algo apenas por medo de viver outras coisas e momentos sozinha...!    

sinto-me: Há pouco estava melhor

publicado por teladosentir às 19:03

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Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2008

Pensamentos natalícios

Ontem cheguei a casa com vários sacos, compras para as pessoas que mais estimo, "compras para as que tem que ser" porque estou grata e, compras para as pessoas que não estimo, que não gosto mas que tem que ser, porque estou agradecida pela oportunidade, pelo vencimento, sejamos claros. Pronto está dito... Confusos... Então Rita, já te esqueceste que Natal não conjuga com presentes, com dinheiro, com materialismo. Esta frase é bonita, fica bem dizê-la, fica bem no currículo das frases, vale dez pontos, fiquem sabendo que na vida temos que obter cerca de 10000 créditos de frases ditas "bonitas". Estava a referir que desconheço a razão que me leva a executar o contrário do que fraseio. Não pensem que sofro de conduta opositora. Sei que o importante é ter as pessoas que me fazem falta nos 364 dias em que não é Natal, sei que ter a madrinha, o Carmo, o afilhado, a Mãe, Daniel e o escolhido é indiscutivelmente o maior presente, sei que ter uma refeição composta, um vencimento e brinde - subsídio de Natal - é uma dádiva, sei que ter o meu avô a trotear "vamos brindar" e executar no final do jantar, o jogo que o João, o petiz, pede, é o euro-milhões. Sei de tudo isto. Sei que sou abençoada, mas poder dar um presente a quem me acompanha, volto aos 364 dias em que não é Natal, é para mim um grande prazer. Sei que esta gente, gente que estimo, sabe que têm lugar cativo. Pronto digo, é feio, mas é forma de comprar todos os abraços, todas as palavras, todos os beijos. Compenso e compro com objectos materiais o que não tem preço, o que deveria ser obrigatório ter, falo do colo, do abraço, desculpem gosto de abraços, dos afagos, dos toques e dos beijos repenicados e tão doces que se tornam impróprios para diabéticos. Ah... já agora bom Natal. 

sinto-me: Cor-de-rosa

publicado por teladosentir às 21:16

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Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2008

"Há-de chegar a nossa vez..."

Conheci um conjunto de pessoas que habitam uma casa de repouso na Margem Sul,

Na sua maioria são mulheres,

Singularidades que se cruzam na partilha de um Lar,

A velhice marca-lhes o rosto, fragiliza os seus ossos,

Retira-lhes a destreza dos movimentos,

Começam a ter companhia nos gestos íntimos que sempre foram sós,

As rotinas deixam de ser suas,

Deixam de ter refúgios só delas,

Apenas sofás e almofadas que baptizam como seus,

Instinto de tornar uma fatia nossa num todo que é de todos,

Elas entendem que os filhos têm as suas vidas,

Vidas preenchidas sem encaixe para si, culpa da dependência e da inviabilidade,

Aceitam que esta é a única possibilidade,,

Mas a saudade da SUA CASA, é mais difícil de apagar,

Do cheiro, objectos, do perfume das memórias,

A saudade da terra onde viveram e da segurança do que sempre integraram como seu, 

E das gentes que davam cor aos seus dias,

Esta saudade não morre, fica sim mais discreta,

O "tem que ser" torna-se assim irredutível e austero,

Olham para o que têm à sua frente com resignação,

O olhar brilhante e doce fica agora para o que já lá vai,

Para os momentos que gravaram nas suas mentes, que reproduzem e dão voz com regularidade,

E para os momentos que, familiares e amigos, queiram com eles partilhar!

sinto-me: Amanhã é segunda...

publicado por teladosentir às 19:35

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Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008

"Contesto, Luís não te percebo!..."

Pensei hoje no quanto estava Luíz Vaz de Camões equivocado,

Disse o poeta que amor é chama que arde sem se ver,

Ó Luís não concordo...

Porque o amor sofre do Síndroma "quanto mais nas vistas melhor"

Não consegue ser discreto e percebam porquê,

O rosto ganha uma cor avermelhada irritantemente denunciadora

Os olhos brilham, passando a vida a ser constituída unicamente por dias de luz, 

As noites são empurradas para outro hemisfério,

O corpo ganha calor e mexe-se na procura do corpo enamorado

A metereologia anuncia o fim da chuva, vitória do sol

E as hormonas e glândulas pululam desconcertadamente

A fome esvai-se, somos alimentados por abraços e beijos,

E claro confirma-se, o nosso Luís equivocou-se mesmo, 

Cá para mim estava enamorado, a fervilhar de febre interior,

E a delirar voicerando frases que mais tarde eu iria contestar!

Um cabaz de amor para todos aqueles que pacientemente leram este post do princípio ao fim sem interromper para ir à casa de banho ou para fazer outra coisa qualquer de sublimar importância!


publicado por teladosentir às 20:38

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"Verbo sentir"

Nos dias em que a realidade à minha volta me chama,

Sinto as coisas de uma outra forma,

Parece que fui mordida pelo bicho do "olha para mim"

Tudo parece chamar-me baixinho...

É o adeus do casal de namorados cujo olhar não se quer despegar,

São as folhas a cair em sintonia e em câmara lenta,

É o movimento compassado das gentes com vidas diferentes da minha,

São os chapéus-de-chuva a bailar sem música de fundo,

É o sorriso da criança que se deixa encantar pelo que vê,

Coisas simples que nesses dias se tornam gigantes

e que me fazem pensar no quanto simples é a vida!

sinto-me: "Assim-assim"

publicado por teladosentir às 13:31

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