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Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2008

"Há-de chegar a nossa vez..."

Conheci um conjunto de pessoas que habitam uma casa de repouso na Margem Sul,

Na sua maioria são mulheres,

Singularidades que se cruzam na partilha de um Lar,

A velhice marca-lhes o rosto, fragiliza os seus ossos,

Retira-lhes a destreza dos movimentos,

Começam a ter companhia nos gestos íntimos que sempre foram sós,

As rotinas deixam de ser suas,

Deixam de ter refúgios só delas,

Apenas sofás e almofadas que baptizam como seus,

Instinto de tornar uma fatia nossa num todo que é de todos,

Elas entendem que os filhos têm as suas vidas,

Vidas preenchidas sem encaixe para si, culpa da dependência e da inviabilidade,

Aceitam que esta é a única possibilidade,,

Mas a saudade da SUA CASA, é mais difícil de apagar,

Do cheiro, objectos, do perfume das memórias,

A saudade da terra onde viveram e da segurança do que sempre integraram como seu, 

E das gentes que davam cor aos seus dias,

Esta saudade não morre, fica sim mais discreta,

O "tem que ser" torna-se assim irredutível e austero,

Olham para o que têm à sua frente com resignação,

O olhar brilhante e doce fica agora para o que já lá vai,

Para os momentos que gravaram nas suas mentes, que reproduzem e dão voz com regularidade,

E para os momentos que, familiares e amigos, queiram com eles partilhar!

sinto-me: Amanhã é segunda...

publicado por teladosentir às 19:35

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4 comentários:
De Serip a 10 de Dezembro de 2008 às 12:45
Os seus textos encerram alguma presença nostálgica de uma incessante procura, do que pela insistência parece inatingível, transparece um crer de que a imaginação venha a concretizar-se! Pão em rosas, não sacia a fome, mas alegra a alma.


De teladosentir a 10 de Dezembro de 2008 às 21:08
E diga-me a vida não é se não uma caminhada de procura, procurar realmente quem somos, procurar momentos de felicidade, de bem-estar e de partilha! obrigada pelo seu comentário, gostei...


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